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Champanhe centenário vai a leilão

Encontrada no fundo do mar, Veuve Clicquot de quase 200 anos poderá ser arrematada por 100 mil euros

Garrafas encontradas no Báltico e posteriormente identificadas como sendo champanhe Veuve Clicquot

Duas garrafas de champanhe excitam a curiosidade de colecionadores do mundo inteiro, podendo chegar a 100 mil euros cada (R$ 235 mil) em um leilão no próximo dia 3 de junho. A razão: encontradas em julho de 2010 junto aos destroços de um navio nas águas geladas da província autônoma de Aaland, na Finlândia, datam de um período estimado entre 1825 e 1830.

Em novembro passado, duas garrafas - do lote de 168 - foram abertas na capital de Aaland, Mariehamn, e o degustador sueco Richard Juhlin, especialista na bebida francesa, exclamou diante de vários jornalistas: “Magnífico! Maravilhoso! O que mais impressiona é a intensidade de aromas!”. E relatou ter sentido cheiro de mel, flores e raspa de limão, enquanto o paladar era único, lembrando cogumelos e tília, “jamais experimentado antes”. A única decepção ficou por conta das raras bolhas. Mas também, depois de quase 200 anos...

Os champanhes foram identificados como sendo Veuve Clicquot e Juglar, esta uma maison que não existe mais. Havia também garrafas da marca Heidsieck no fundo do mar Báltico. No leilão do dia 3 de junho em Mariehamn, a cargo da Acker Merall & Condit, serão leiloadas uma Veuve Clicquot e uma Juglar, com a renda revertida para projetos sociais da província, que se tornou proprietária do tesouro encontrado em suas águas territoriais.

Especialistas da maison Veuve Clicquot, fundada em 1772, analisaram as rolhas e disseram ter “certeza absoluta” de que pelo menos três garrafas são da marca. Liderados por François Hautekeur, indicaram que as rolhas trazem um cometa marcado em cada uma delas, alusão a um astro que atravessou o céu da região francesa de Champagne em 1811. Ano de uma colheita excepcional.

No século 19 o champanhe era disputado por várias cortes, sobretudo a russa, que viam nele um item indispensável às grandes festas. Como agora... Eram bebidas bem mais doces que as atuais e credita-se a Nicole-Barbe Clicquot-Ponsardin, viúva em 1805, aos 27 anos de idade - daí o nome da marca famosa -, o mérito de clarificar o champanhe, expulsando o depósito de leveduras que se formava em seu interior e substituindo a perda de quase um terço do líquido por um xarope de vinho, açúcar e aguardente de uva. O que tornava a bebida ainda mais doce.

Com o tempo, o paladar geral foi mudando lentamente - talvez determinado pelo patrulhamento que mudou a silhueta de homens e mulheres em décadas recentes - até chegar ao brut, hoje largamente consumido.

Fonte: iG

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