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Enfermeiro americano que encorajou suicídios é condenado à prisão


Além de cumprir sentença de 1 ano, William Melchert-Dinkel também terá de voltar à cadeia nos aniversários das mortes das vítimas

Um enfermeiro americano foi condenado a quase um ano de prisão por incentivar os suicídios de um britânico e de uma canadense em um fórum de discussões na internet. O juiz do caso também determinou que William Melchert-Dinkel, de 48 anos, depois de passar 320 dias encarcerado, terá de voltar à prisão nos aniversários das mortes das vítimas pelos próximos dez anos.

Melchert-Dinkel foi condenado em março devido ao suicídio, por enforcamento, de Mark Drybrough, de 32 anos, em 2005, e pela morte de Nadia Kajouji, de 18 anos, que se atirou em um rio em 2008.

William Melchert-Dinkel chega ao tribunal ao lado da mulher, Joyce (04/05)

Melchert-Dinkel chorou enquanto ouvia a sentença e pediu desculpas em uma declaração lida por seu advogado em que ele dizia sentir "vergonha e remorso". Seu advogado pretende apelar da decisão.

A sentença oficial emitida pelo juiz Thomas Neuville foi de 6 anos e meio de prisão, bem menos do que a pena máxima prevista por assistir suicídio, que é de 15 anos de prisão por cada acusação. A maior parte da sentença será cumprida em liberdade, a não ser que Melchert-Dinkel descumpra os termos de sua condicional, que será válida pelos próximos 15 anos.

'Obsessão'

Segundo os promotores, ele é obcecado por suicídios e discutiu o tema com até 20 pessoas pela internet, se passando por uma enfermeira. Melchert-Dinkel foi acusado ainda de ter entrado em pactos suicidas com dez pessoas. Pelo menos cinco delas teriam se matado.

Advogados do americano alegam que o britânico e a canadense já eram suicidas, e citaram leis de liberdade de expressão para defender o direito de seu cliente de manifestar suas ideias online.

Terry Watkins, um dos advogados, admitiu que os atos do enfermeiro eram "doentios" e "repugnantes", mas afirmou que o britânico Drybrough já estava doente há anos e que a canadense Kajouji era deprimida e "bebia muito".

Investigação

A investigação a respeito de Melchert-Dinkel começou em março de 2008, quando Celia Blay, de Wiltshire, na Grã-Bretanha, alertou a polícia de Minnesota de que alguém estava usando um fórum de discussões na internet para encorajar pessoas a cometer suicídio.

Depois da morte de Dybrough, a polícia da Grã-Bretanha e a dos Estados Unidos vasculharam o computador da vítima, e descobriram que ele havia buscado conselhos pela internet e que uma pessoa, depois identificada como Melchert-Dinkel, tinha dado ao britânico informações técnicas sobre como se enforcar.

Investigadores no Estado de Minnesota e no Canadá também determinaram que Melchert-Dinkel tinha entrado em um pacto suicida com Nadia Kajouji, cujo corpo foi encontrado em um rio.

O pai do britânico, Laurie Drybrough, afirmou que seu filho nunca mostrou sinais de que era suicida. "Ele era um pouco deprimido, mas nunca mostrou sinais de que era suicida. Nós nunca pensamos que ele iria cometer suicídio", disse. "Ele (Melchert-Dinkel) é muito mau. Fez isso para seu prazer", disse Laurie Drybrough.

Fonte: iG

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